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O MEU PORTO

O meu Porto

O meu Porto tem neblina. É cinza clara e esfumado. Desprende-se suavemente do rio.

É sussurrado. De quando em vez, ritmado pelo toque de igrejas e catedrais.

O meu Porto é mágico. No vê e logo deixa de ver, das torres e campanários medievais. Austero e inquisidor! Jamais frio, no contorno das ruas graníticas e serpiginosas, onde passeiam os amores e desamores de Garrett em janelas, ora abertas ora fechadas, e portões que resguardam belos jardins de recordações.

O meu Porto põe-nos displicentemente o cabelo húmido e, tão subitamente, abre-se no esplendor do pôr-do-sol sobre o mar que toca o rio, na mais bela transição do cinza aos laranjas de luz.

O meu Porto tem luz! Esta. E a dos olhos. Familiares e convidativos. E a da voz. Simples. Pura.

O meu Porto tem vida! A nossa!

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