AS TEMPESTADES SÃO SEMPRE BELAS (a propósito do último Domingo)
As tempestades são uma oportunidade. De atenção.
Aos azuis que passam subitamente a cinza escuro e intenso, tão próximo de nós. Ao ar que pára, ao mar que acalma, à voz que declina sem o perceber, ao silêncio que se ouve majestosamente.
A natureza espera então. Nós esperamos.
Eis quando tudo se ilumina com estrondo. O céu chora intensamente, diluvianamente e nós estremecemos. As árvores tentam fugir desesperadamente. O mar acorda e riposta em ondas altas e vigorosas.
Repetido , vezes sem conta, até aquele raio de sol que se abre num belo arco-íris, daqui ao fim do mundo.
Serenamos, assim.
Externas ou internas as (nossas) tempestades são sempre belas e poderosas.