MÃOS
Aberta em concha, uma.
Descansando sobre a primeira,
ligeiramente fletida, a segunda.
Esguias, prolongadas, esbeltas.
Quanta serenidade e abandono.
Quanta paz.
Quão belas as mãos que repousam.
Quão belo despertar.
Sente-se depois, muito depois,
o bater do coração.
O sorriso espreguiça-se no rosto.
Lentamente.
Quão belo despertar.
Teresa Freitas in Infinita Leveza