(RE)DESCUBRA A RUA DAS FLORES – PORTO
Primeiro estranha-se. Falta o paralelo granítico do nosso Porto. Largas lajes cinza claro vieram substituí-las. Depois percebe-se. A Rua das Flores está mais larga, mais luminosa. Há vida às janelas, nas portas, no caminho, agora sem carros, onde florescem pequenas esplanadas.
As lojas são nossas, das ourivesarias cobertas de belo rendilhado dourado de Viana, aos bordados trabalhados em cores frescas e alegres. Chamam para pequenos presentes.
Os livros, nos vários alfarrabistas, recordam o Porto e a nossa história em páginas escurecidas, cor de tabaco. Cheira a páginas muitas vezes desfolhados e a paz.
Comem-se pataniscas de bacalhau, moelas, enchidos ou francesinhas, acompanhadas por elegantes copos de vinhos portugueses em contemporâneas esplanadas.
Visite a majestosa igreja da Misericórdia. Belíssimos azulejos azuis, recortando a cruz de Cristo, cobrem parte da fachada, resguardados por imponentes grades que trazem mistério e recolhimento.
Descubra as belas casas apalaçadas, umas rigorosamente restauradas outras, ainda, rigorosamente esquecidas. Entre elas o museu das marionetas. Entre e penetre mais profundamente no sentir Português.
Vá descendo a rua até ao Largo de S. Domingos. Aqui a cidade alarga-se. À esquerda nasce a Sé sobre a encosta e à nossa frente avista – se Gaia e o seu belo aqueduto romano.
Siga a rua da Bolsa, visite o Palácio da Bolsa e relembre que os árabes marcaram mais de quinhentos anos da nossa história, quando olhar o rigor, o brilho e o encanto do Salão Árabe. Siga até à igreja de S. Francisco, belíssimos altares dourados no granito total são o expoente do Porto católico.
Escolha para almoçar ou jantar os sabores portugueses nos restaurantes do Largo, todos de toque contemporâneo.
Termine a noite, se for o caso, nos sons do novo Hard Club no antigo mercado Ferreira Borges, mesmo ao lado.
Belo Porto, bela baixa!
Bom estar aqui!